Defensor da união das oposições ao governador Jaques Wagner (PT) para a disputa eleitoral de 2012 em Salvador, o radialista Mario Kertész qualificou a administração petista na Bahia como “muito fraca”. “Wagner conseguiu por força do momento político e por força de sua habilidade política e jeito democrático, nem tanto republicano, crescer muito politicamente. Quase não tem oposição. A Bahia é governista. Wagner tem a faca e o queijo, mas falta a mão para cortar”, conjeturou. Estimulado pelo jornalista Samuel Celestino a comparar a Era Wagner com o período de reinado político do ex-senador Antônio Carlos Magalhães, Kertész acusou o atual mandatário de permitir "aparelhamento" partidário nas pastas estaduais. “Wagner disse que não ia fazer e acabou fazendo. As secretarias são feudos de grupamentos, ou do PT ou de outros partidos. Cada um saiu aparelhando sua secretaria e trabalham para seus objetivos e não para um conjunto de governo”, atacou. O radialista rememorou a época em que ACM era governador do Estado, em 1970, e lhe convidou a ser secretário de Planejamento, quando tinha apenas 26 anos. “Ele despachava todas as manhãs com os secretários. Cobrava tudo e acompanhava. No governo de Wagner isso não acontece”, disse. Na entrevista, Mário Kertész ainda atacou o PT por adotar o discurso de “não ser pautado pela imprensa”. “A imprensa serve para que merda, então? As Investigações que derrubaram cinco ministros não partiram pela CGU nem da PF, mas da imprensa”, destacou. Indagado por um ouvinte da Tudo FM sobre a possibilidade de conciliar-se ao candidato do PT, Nelson Pelegrino, para a disputa eleitoral, Kertész refutou: “Não vejo nele as qualidades para ser o prefeito que Salvador precisa. Apoiar ele para mim é uma coisa que não existe”.
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