terça-feira, 10 de janeiro de 2012

10/01/2012 - MST ocupa cinco prefeituras na Bahia.

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocupou cinco prefeituras na manhã dessa terça-feira (10) para pressionar os prefeitos a sentar com as lideranças e discutir uma pauta para a área da Educação.

As prefeituras de Igrapiúna, Prado, Itabela e Camamu, todas no sul da Bahia, além de Queimadas, na região sisaleira, amanheceram com centenas de integrantes do MST que portam suas tradicinais bandeiras vermelhas. O objetivo da organização é ocupar pelo menos dez prefeituras até a próxima semana.

O MST se queixa do total descaso dos municípios em relação às escolas dos assentamentos que funcionariam em instalações precárias e com falta de equipamentos. “São escolas do nível fundamental que as prefeituras tem obrigação de manter inclusive porque recebem verbas do Ministério da Educação para isso”, declarou Márcio Matos uma das principais lideranças do MST na Bahia.

Essa “jornada” tem o objetivo de “pautar” as prefeituras nesse início de ano para que se organizem e ofereçam condições mínimas de funcionamento às escolas dos assentamentos. “Só vamos deixar os locais após os prefeitos e os secretários de educação nos receber”, avisou Matos.

Outra forma de pressão que o MST baiano vem usando para conseguir o atendimento de reivindicações, a ocupação de escritórios regionais da Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba), deve continuar no Estado. O primeiro escritório foi ocupado ontem na cidade de Vitória da Conquista.

“Nós temos demandas como sistemas de abastecimento de água instalados em assentamentos pelo governo baiano que necessitam de energia elétrica para funcionar e a Coelba não instala”, reclamou o líder sem-terra para justificar as ocupações que segundo ele são “legítimas e instrumento de luta”.

Semana passada o deputado Valmir Assunção (PT-BA) líder histórico do MST da Bahia, eleito para a Câmara Federal em 2010, constatou que as ações do Movimento repercutem bem mais do que seus discursos no plenário da Casa que, na sua visão, não são ouvidos pelos colegas, pelo governo e pela sociedade. A Tarde.

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